O auxílio-doença é um dos principais benefícios pagos pelo INSS a trabalhadores que precisam se afastar do trabalho por motivo de doença ou acidente. Mas uma dúvida comum entre quem está prestes a solicitar ou já recebe o benefício é: qual é o valor máximo que o INSS paga de auxílio-doença?
Quando um trabalhador sofre um acidente, lesão ou desenvolve uma doença que o impede de trabalhar, surge uma grande preocupação: como sustentar a casa enquanto estiver afastado? Nessa hora, o auxílio-doença pode ser essencial para garantir o sustento da família.
Neste conteúdo, vamos explicar de forma clara quanto você pode receber de auxílio-doença em 2025, quem tem direito, quais os tipos de auxílio e o que fazer se o INSS negar ou cancelar seu benefício. Acompanhe!
O que é o auxílio-doença?
O auxílio-doença é um benefício pago pelo INSS ao trabalhador que fica temporariamente incapaz de exercer suas atividades devido a uma doença ou acidente.
O afastamento precisa ser superior a 15 dias e comprovado por meio de atestado médico e perícia do INSS.
Ele funciona como um “salário de recuperação”, enquanto o trabalhador trata da sua saúde e não tem condições de voltar ao serviço.
Quais os tipos de auxílio-doença?
Existem dois tipos principais:
- Auxílio-doença comum: quando a incapacidade não tem relação com o trabalho, como por exemplo um tratamento para câncer ou uma cirurgia de coluna por problema de saúde pessoal.
- Auxílio-doença acidentário (B91): quando a incapacidade é decorrente de acidente de trabalho ou doença ocupacional. Como, por exemplo, lesões por esforço repetitivo, amputações, cortes, quedas ou exposição a substâncias tóxicas em fábricas ou usinas.
É importante entender que quem tem direito ao auxílio-acidentário B91 garante estabilidade de 12 meses no emprego após o retorno. Assim, a empresa não pode demitir o trabalhador acidentado durante este período.
Quem tem direito a requerer o benefício?
Tem direito ao auxílio-doença o trabalhador que:
- Está contribuindo para o INSS (ou está dentro do período de graça);
- Ficou incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias;
- Consegue comprovar a incapacidade com laudos e atestados médicos;
- No caso do auxílio comum, tenha contribuído por pelo menos 12 meses (carência mínima), salvo em casos de acidente ou doenças graves, onde não é exigida carência.
Trabalhadores CLT, autônomos, MEIs e até desempregados (dentro do período de graça) podem ter direito, desde que atendam aos requisitos.
Qual o valor do auxílio-doença em 2025?
A partir de 1º de janeiro de 2025, os valores dos benefícios pagos pelo INSS foram atualizados.
O valor mínimo para aposentadorias, auxílio-doença e pensão por morte passou a ser de R$ 1.518, após um reajuste de 4,77%.
Já o teto dos benefícios previdenciários subiu de R$ 7.786,02 para R$ 8.157,41.
A regra de cálculo funciona assim:
- O INSS calcula a média de 100% de todos os salários de contribuição do trabalhador desde julho de 1994;
- Depois, o valor do benefício será 91% dessa média, respeitando o teto do INSS.
Ou seja: se um trabalhador tem uma média salarial de R$ 3.000, ele receberá 91% desse valor, ou seja, R$ 2.730.
O que fazer se o INSS negar ou cancelar o benefício?
Receber a notícia de que o INSS negou ou cancelou o auxílio-doença é um momento de muita angústia para quem já está enfrentando problemas de saúde e precisa do benefício para sobreviver.
Mas é importante saber: nem sempre a negativa é justa e, na maioria das vezes, é possível recorrer e reverter essa situação.
Motivos comuns de negativa ou cancelamento
Antes de tudo, é importante entender por que o INSS costuma negar ou cortar o benefício. Veja os principais motivos:
- Incapacidade não comprovada na perícia: Mesmo com atestado médico, se o perito do INSS entender que você pode trabalhar, o benefício pode ser negado;
- Documentação incompleta ou desatualizada: Falta de laudos, exames antigos ou atestados sem informações técnicas podem prejudicar a análise;
- Ausência na perícia: Se o trabalhador não comparece à perícia marcada, o benefício pode ser automaticamente cancelado;
- Entendimento de que a incapacidade é leve ou não impede o trabalho: O perito pode avaliar que o problema de saúde não afasta o trabalhador da função, mesmo que isso não condiga com a realidade;
- Alta programada: O INSS concede o benefício por um período fixo, mas cancela automaticamente na data prevista, mesmo que o trabalhador ainda esteja doente;
- Revisão periódica do benefício: Após uma nova perícia, o INSS pode entender que houve melhora e cortar o auxílio.
Se o benefício for negado ou cancelado, não se desespere. Existem caminhos para lutar pelo seu direito:
- Recurso administrativo: você pode apresentar um recurso diretamente no INSS, solicitando uma nova análise.
- É importante reforçar o pedido com: laudos atualizados, novos exames, relatórios do seu médico assistente, histórico da sua doença ou lesão. Esse recurso deve ser feito no prazo de 30 dias após a negativa ou o cancelamento.
- Ação Judicial: quando o INSS insiste em negar o benefício mesmo com provas médicas, entrar com uma ação na Justiça pode ser o melhor caminho. Nesse caso o juiz pode determinar uma nova perícia médica, chamada perícia judicial, feita por um profissional imparcial e, normalmente, especialista nas enfermidades do trabalhador. O processo pode garantir o reconhecimento do direito ao auxílio-doença e ainda o pagamento de valores retroativos, desde a data da negativa.
Com o apoio de um advogado, o trabalhador pode também verificar se tem direito à aposentadoria por invalidez ou até indenizações, no caso de acidente de trabalho.
Qual a forma mais rápida de conseguir o auxílio-doença?
A forma mais rápida de alcançar o benefício é:
- Ter todos os exames, laudos e atestados atualizados;
- Agendar a perícia o quanto antes pelo site ou aplicativo Meu INSS;
- Estar preparado para a perícia, levando todos os documentos organizados e claros;
- Contar com apoio de um advogado desde o início para evitar erros.
- Quem age rápido e com orientação especializada tem muito mais chance de conseguir o benefício sem passar aperto financeiro.
Qual o papel do advogado para garantir o auxílio-doença?
O advogado previdenciário é o profissional que vai:
- Analisar a sua situação com profundidade;
- Ver se você cumpre os requisitos para o benefício;
- Te orientar a reunir a documentação correta;
- Te acompanhar em todo o processo, inclusive na Justiça, se for necessário;
- E lutar para que você receba o valor justo e no menor tempo possível.
Além disso, um bom advogado também verifica se você tem direito a outros benefícios, como estabilidade, aposentadoria por invalidez, pensão ou indenizações, no caso de acidente de trabalho.
Se você está doente, machucado ou se recuperando de um acidente e precisa se afastar do trabalho, não deixe de buscar seus direitos. O auxílio-doença pode ser o suporte que você precisa para cuidar da sua saúde com dignidade.
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