BPC para Autismo Negado? Veja o Que Fazer para Reverter

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Poucas coisas são tão dolorosas para uma família quanto ouvir do INSS que o BPC/LOAS para um filho ou familiar com autismo foi negado.

Depois de enfrentar os desafios diários do Transtorno do Espectro Autista, terapias, consultas, medicações, dificuldades de comunicação, gastos constantes, a família ainda se depara com a insegurança financeira e a sensação de que a lei não protege como deveria.

O impacto é enorme: muitas mães precisam deixar o trabalho para cuidar integralmente da criança, enquanto as despesas só aumentam.

Quando o benefício é negado, o sentimento é de injustiça e desespero: “Como vou garantir os direitos e a dignidade do meu filho? O que mais preciso provar para o INSS entender a nossa realidade?”

Essa dor é mais comum do que parece. A negativa do BPC não significa que a pessoa com autismo não tenha direito, mas sim que o processo exige documentação mais robusta, explicações mais claras e, em muitos casos, apoio profissional especializado.

Neste conteúdo, você vai entender por que o INSS nega o benefício, quais graus de autismo têm direito, o que fazer para reverter uma negativa e como se preparar para a perícia. Acompanhe!

Porque o INSS nega LOAS para autistas?

O INSS costuma negar o BPC/LOAS para autistas por alguns motivos recorrentes:

  • Renda familiar: o órgão entende que a renda per capita ultrapassa o limite de 1/4 do salário mínimo (mesmo em situações em que a realidade mostra dificuldades financeiras).
  • Laudos incompletos: relatórios médicos e exames muitas vezes não descrevem de forma detalhada as limitações causadas pelo transtorno.
  • Erro na análise social: durante a avaliação socioeconômica, o assistente social pode interpretar que a família não está em situação de vulnerabilidade.
  • Falta de documentação: ausência de documentos básicos ou inconsistências cadastrais no CadÚnico.

Importante: a negativa não significa que o autista não tem direito, mas que é necessário corrigir ou reforçar as provas apresentadas.

Qual grau de autismo tem direito a BPC?

O direito ao BPC não depende apenas do grau de autismo (leve, moderado ou severo), mas sim das limitações que o transtorno gera na vida da pessoa e da situação financeira da família.

  • Autismo leve: pode ser mais difícil comprovar a necessidade, mas ainda é possível se houver limitações funcionais significativas e vulnerabilidade econômica.
  • Autismo moderado ou severo: geralmente há maior facilidade de comprovação, devido ao impacto evidente na autonomia e no convívio social.

O ponto central é demonstrar que a condição impede o desenvolvimento social e a independência, exigindo apoio constante da família.

Se você está nessa situação com seu filho(a), clique aqui e converse com nossos advogados para entender como garantir seus direitos. 

O que fazer se o BPC para autismo foi negado?

Ter o pedido de BPC para autismo negado é um choque para muitas famílias.

Depois de juntar documentos, enfrentar filas e perícias, receber uma carta de indeferimento do INSS gera sentimentos de impotência e revolta.

Mas é importante saber: a negativa não significa que você perdeu o direito, e sim que será necessário corrigir, reforçar ou discutir melhor o caso.

1. Entenda o motivo da negativa

O primeiro passo é ler com atenção a carta de indeferimento do INSS. Entre os motivos mais comuns estão:

  • renda per capita considerada acima do limite;
  • laudos médicos ou relatórios insuficientes;
  • falhas no CadÚnico ou na avaliação social;
  • interpretação equivocada do perito sobre o impacto do autismo.

Saber a razão exata ajuda a direcionar a estratégia de recurso.

2. Reúna novas provas e documentos

Se o problema foi a falta de documentos ou laudos pouco detalhados, é hora de reforçar o processo. Alguns exemplos:

  • Laudos médicos atualizados, emitidos por especialistas (neurologistas, psiquiatras, pediatras com experiência em TEA);
  • Relatórios escolares ou pedagógicos, que mostrem as dificuldades de aprendizagem e de convívio social;
  • Relatórios terapêuticos (fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia), comprovando a necessidade de apoio contínuo;
  • Comprovantes de gastos com medicação, terapias e deslocamentos.

Quanto mais detalhados os documentos forem, mais clara será a demonstração da realidade da família.

3. Busque a via judicial

O melhor caminho é ingressar com ação judicial. Na Justiça, a avaliação costuma ser mais completa e humanizada, com perícias feitas por especialistas em TEA.

Muitos casos que o INSS nega são reconhecidos rapidamente pelo Judiciário.

4. Conte com orientação profissional

É natural que a família se sinta perdida diante da burocracia do INSS. Por isso, contar com um advogado especialista em BPC/LOAS para autistas faz toda a diferença.

Esse profissional sabe quais provas são mais relevantes, como estruturar o recurso e como defender os direitos da família na Justiça, se for preciso.

Como passar na perícia do BPC para autismo?

A perícia médica e a avaliação social são os momentos mais importantes do processo de concessão do BPC/LOAS para pessoas com autismo.

É nesse atendimento que o INSS vai analisar se a pessoa realmente se enquadra nos critérios de deficiência e vulnerabilidade social.

Por isso, a preparação faz toda a diferença.

1. Leve laudos médicos atualizados

Priorize laudos emitidos por neurologistas, psiquiatras ou pediatras especializados em TEA, com diagnóstico claro (CID F84).

O laudo deve detalhar as limitações funcionais causadas pelo autismo, não apenas confirmar o diagnóstico.

Quanto mais específico for o documento, maiores as chances de o perito compreender a realidade.

2. Apresente relatórios complementares

Além dos laudos médicos, leve relatórios de:

  • Escolas, descrevendo dificuldades de aprendizagem, comportamento e necessidade de apoio;
  • Terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos, relatando limitações na fala, interação social, autonomia e desenvolvimento;
  • Assistentes sociais que acompanham a família, se houver.

Esses documentos reforçam que o autismo impacta a vida cotidiana e exige cuidados constantes.

3. Explique a rotina real da criança ou adulto

Durante a perícia, os pais ou responsáveis devem relatar de forma clara:

  • como são as crises e como afetam o dia a dia;
  • a dependência para atividades básicas (como higiene, alimentação, locomoção);
  • as dificuldades de comunicação e socialização;
  • os custos extras com terapias, medicamentos e acompanhamento.

Fale sem medo. Não minimize as dificuldades. É comum que famílias, por amor, digam “ele está melhorando” ou “estamos dando conta”, mas para a perícia é essencial mostrar a realidade sem filtros.

4. Prepare-se para a avaliação social

Além do exame médico, o INSS realiza uma análise socioeconômica da família. Nela, o assistente social avalia:

  • a renda familiar,
  • as condições da casa,
  • a dependência do autista em relação aos familiares.

Se possível, leve comprovantes de renda e despesas para deixar claro o impacto financeiro da condição.

5. Vá acompanhado e organizado

Leve todos os documentos impressos e organizados em uma pasta.

Vá acompanhado de alguém que conheça bem a rotina da pessoa com autismo (geralmente a mãe ou cuidador principal).

Isso ajuda a complementar informações que o segurado, por si só, pode não conseguir expressar.

Quem é um advogado especialista em BPC/LOAS para autistas?

Um advogado especialista em direito previdenciário e assistência social é o profissional preparado para atuar em casos de BPC/LOAS negado.

Ele entende tanto a parte médica quanto a parte jurídica e sabe como:

  • montar um recurso administrativo completo,
  • contestar indeferimentos injustos,
  • conduzir processos judiciais para garantir o benefício,
  • e orientar a família em cada etapa, de forma clara e humanizada.

Papel do advogado para garantir que os direitos sejam reconhecidos

O papel do advogado é fundamental para evitar que famílias passem anos em luta com o INSS sem resultado. Ele ajuda a:

  • comprovar a vulnerabilidade financeira da família,
  • organizar a documentação médica,
  • acompanhar a perícia,
  • e, quando necessário, acionar a Justiça para garantir o benefício.

Muitas vezes, só com a intervenção judicial é que o direito ao BPC é finalmente reconhecido.

Ter o BPC para autismo negado não significa o fim da luta. Pelo contrário, é o momento de fortalecer as provas, buscar orientação e insistir no que é um direito garantido por lei.

Se sua família enfrenta essa situação, não desanime. É possível reverter a decisão e garantir o benefício que vai trazer mais dignidade e segurança ao seu filho ou familiar.

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Atendemos em todo o Brasil, de forma 100% online, com agilidade, segurança e um atendimento humano, que já garantiu o direito de centenas de famílias.

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