Quem Tem Esquizofrenia Tem Direito à Aposentadoria? Entenda

esquizofrenia aposenta

Receber o diagnóstico de esquizofrenia muda completamente a vida de uma pessoa e de sua família.

As crises, a necessidade de medicação contínua, os efeitos colaterais, a dificuldade de concentração e até o preconceito no ambiente de trabalho tornam quase impossível manter uma rotina profissional estável.

Nesse momento, uma preocupação surge: como vou me sustentar se não consigo trabalhar como antes? Será que o INSS reconhece a esquizofrenia como motivo para aposentadoria?

Infelizmente, muitos segurados se perdem em meio a informações confusas, pedidos negados pelo INSS ou benefícios concedidos por tempo limitado.

A boa notícia é que existem sim direitos previdenciários específicos para quem sofre com esquizofrenia, desde o afastamento temporário até a possibilidade de aposentadoria definitiva ou concessão do BPC.

Mas para conquistá-los, é fundamental conhecer as regras, preparar documentos e, muitas vezes, contar com apoio jurídico especializado.

Neste conteúdo, entenda quando a esquizofrenia dá direito à aposentadoria, como funciona o processo no INSS e o que fazer para não perder seus direitos. Acompanhe!

Quanto tempo o INSS afasta por esquizofrenia?

Em muitos casos, o primeiro benefício concedido para quem tem esquizofrenia é o auxílio-doença (hoje chamado de benefício por incapacidade temporária).

Esse benefício é concedido quando a doença impede o trabalhador de exercer suas atividades habituais.

O tempo de afastamento não é fixo: depende do laudo médico e da avaliação do perito do INSS. Pode ser alguns meses ou até mais tempo, sendo renovado enquanto a incapacidade persistir.

É necessário passar por perícias periódicas para manter o benefício.

Se você quer entender melhor sobre as perícias para aposentadoria por doença, clique aqui e fale com nossos especialistas.

O que é necessário para aposentar uma pessoa com esquizofrenia?

Para que uma pessoa com esquizofrenia consiga a aposentadoria pelo INSS, não basta apenas apresentar o diagnóstico da doença.

É preciso comprovar que a condição compromete de forma permanente a capacidade de trabalho, ou seja, que não há possibilidade de reabilitação para exercer qualquer atividade que garanta o próprio sustento.

Documentos e provas médicas

O primeiro passo é reunir um conjunto sólido de documentos que demonstrem a gravidade da doença e suas limitações:

  • Laudos médicos psiquiátricos detalhados, indicando o diagnóstico de esquizofrenia conforme o CID-10 (F20 e subtipos);
  • Relatórios de acompanhamento contínuo, emitidos pelo médico ou clínica, mostrando a evolução do quadro;
  • Receitas de medicamentos e comprovantes de uso contínuo;
  • Histórico de internações em hospitais psiquiátricos ou emergências;
  • Exames complementares (quando solicitados pelo especialista ou pelo INSS).

Quanto mais completos forem os documentos, maiores as chances de sucesso na concessão da aposentadoria.

Qualidade de segurado e contribuições

Além das provas médicas, é preciso comprovar que o segurado tem qualidade de segurado, ou seja:

  • Está contribuindo regularmente para o INSS;
  • Ou está no chamado período de graça (mesmo sem contribuir, mantém a proteção previdenciária por até 12 a 36 meses, dependendo do caso). 

Se a esquizofrenia se manifestou antes do início das contribuições, é possível que o INSS negue o pedido sob alegação de “doença pré-existente”.

Nesse caso, muitas vezes é necessário discutir o direito na Justiça, pois cada situação precisa ser analisada individualmente.

Perícia médica do INSS

A concessão da aposentadoria por incapacidade permanente depende da perícia médica oficial do INSS. O perito vai avaliar:

  • Se a esquizofrenia é incapacitante;
  • Se há possibilidade de reabilitação para outra função;
  • Se a incapacidade é temporária (afastamento) ou definitiva (aposentadoria).

Se for comprovada a incapacidade total e permanente, o benefício de aposentadoria por incapacidade permanente poderá ser concedido.

Possibilidade de outros benefícios

Nem sempre o segurado com esquizofrenia consegue a aposentadoria diretamente. Dependendo do caso, pode ter direito a:

  • Auxílio por incapacidade temporária (afastamento pelo INSS, renovado periodicamente);
  • BPC/LOAS, quando não há qualidade de segurado e a família vive em situação de baixa renda.

Por isso, cada caso precisa ser avaliado com cuidado, para entender qual é o benefício mais adequado e não correr o risco de perder direitos.

Quem tem esquizofrenia é considerado PCD?

Sim. A esquizofrenia é considerada uma deficiência mental/intelectual, o que pode enquadrar o segurado na condição de Pessoa com Deficiência (PCD).

Isso significa que a pessoa pode ter direito à:

  • Aposentadoria da Pessoa com Deficiência (com regras diferenciadas de idade e tempo de contribuição);
  • Benefícios sociais, como o BPC/LOAS, quando não há possibilidade de contribuir ou quando a família está em situação de baixa renda.

Como é a perícia do INSS para esquizofrenia?

A perícia é o momento mais decisivo do processo. O médico perito do INSS avalia se a esquizofrenia realmente impede o trabalho.

  • O segurado deve apresentar laudos psiquiátricos, relatórios de internações, receitas de medicamentos e atestados atualizados;
  • O perito analisa não apenas a doença, mas o quanto ela compromete a capacidade de trabalho;
  • Em alguns casos, podem ser solicitados exames complementares ou relatórios de médicos do SUS.

Dica importante: quanto mais completos forem os documentos, maiores as chances de ter o pedido aceito.

Quanto ganha a aposentadoria por esquizofrenia?

O valor da aposentadoria depende de como o segurado contribuiu para o INSS:

  • Se for aposentadoria por incapacidade permanente, geralmente o cálculo é feito sobre a média das contribuições, podendo variar conforme a regra aplicada após a Reforma da Previdência;
  • Se for aposentadoria da pessoa com deficiência, o valor segue as regras normais de tempo de contribuição, mas com idade/tempo reduzidos;
  • No caso do BPC/LOAS, o benefício é de 1 salário-mínimo, sem 13º e sem pensão por morte.

Papel do advogado para garantir que os direitos sejam garantidos

Muitos pedidos de segurados com esquizofrenia são negados pelo INSS, mesmo quando há incapacidade comprovada.

Isso acontece por erros de análise, falta de documentos ou interpretação restritiva do perito.

Um advogado especialista em direito previdenciário pode ajudar a:

  • Orientar sobre qual benefício pedir (auxílio, aposentadoria ou BPC);
  • Organizar os documentos médicos e laudos necessários;
  • Entrar com recurso administrativo ou ação judicial quando o INSS nega injustamente;
  • Garantir que o valor do benefício seja o correto, sem perdas financeiras.

A esquizofrenia é uma condição séria, que pode afetar de forma definitiva a capacidade de trabalho.

O INSS deve reconhecer esse direito, mas para isso é essencial apresentar provas sólidas e contar com apoio especializado.

Se você ou alguém da sua família enfrenta essa situação, não deixe de buscar orientação profissional.

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